sexta-feira, 31 de julho de 2009

GRIPE SUÍNA - PERGUNTAS E RESPOSTAS:

Gripe Suína e Vírus H1N11!

A gripe suína ou gripe "A" está tirando a calma de muita gente e preocupa o mundo inteiro, no próximo ano, 2010 já haverá a vacina contra este virus, e até lá é preciso ficar atento mas não em pânico. Cautela e canja de galinha nunca é demais!
Até lá o que é possível fazer: rever alguns costumes e procedimentos básicos de higiêne, limpeza e bons habitos, como lavar as mãos após ir ao banheiro, após manusear dinheiro e antes de qualquer refeitção; limpar e desinfetar utensílios utilizados e manuseados principalmente se utilizado por várias pessoas; e não coçar os olhos ou levar os dedos à boca.
Então nada de ficar chupando dedo ou roendo às unhas, somado a uma ótima alimentação, tudo isto é indispensável para a saúde com ou sem gripes suína, aviária, influenza, rota-virus e outros!!

Esta é uma dica legal, e abaixo algumas respostas para algumas perguntas frequentes:

PERGUNTA RESPOSTA

1.- Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Até 10 horas.

2. - Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata.

3..- Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distância.

4.- É fácil contagiar-se em aviões?
Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

5.- Como posso evitar contagiar-me?
Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

6.- Qual é o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.

7.- Quando se deve começar a tomar o remédio?
Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%

8.- De que forma o vírus entra no corpo?
Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

9.- O vírus é mortal?
Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

10.- Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

11.- A água de tanques ou caixas de água transmitem o vírus?
Não, porque contêm químicos e está clorada

12.- O que faz o vírus quando provoca a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

13.- Quando se inicia o contágio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

14.- Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.

15.- Onde se encontra o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa portadora espirra ou tussa, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

17.- O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

18.- Qual é a população que está sendo atacada por este vírus?
De 20 a 50 anos de idade, mas os mais velhos devem se cuidar também.

19.- É útil a máscara para cobrir a boca?
Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.

20.- Posso fazer exercícios ao ar livre?
Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.

21.- Serve para algo tomar Vitamina C?
Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

22.- Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
A salvo não está ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.

23.- O virus se move?
Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

24.- Os mascotes contagiam o vírus?
Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.

25.- Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
Não.

26.- Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contagio e com estrito controle médico.

27.- O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

28.- Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomando.

29.- Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Não serve para nada.

30.- As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia que se contagie com o vírus?
SIM.

31.- Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
NAO.

32.- O que mata o vírus?
O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.

33.- O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
O isolamento..

34.- O álcool em gel é efetivo?
SIM, muito efetivo.

35.- Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?
Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.

36.- Este vírus está sob controle?
Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.

37.- O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?
A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de pessoa a pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.

38.- Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
SIM.

39.- As crianças com tosse e gripe têm influenza?
É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

40.- Medidas que as pessoas que trabalham devem tomar?
Lavar as mãos muitas vezes ao dia.

41.- Posso me contagiar ao ar livre?
Se há pessoas infectadas e que tussam e/ou espirrem perto, pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

42.- Pode-se comer carne de porco?
SIM pode e não há nenhum risco de contágio.

43.- Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O que é filosofia? a pergunta que não cessa!

Vale a pena ver este vídeo que é a primeira parte de duas, de uma entrevista no programa do Jô com o filósofo e professor de filosofia Mario Sergio Cortella, e no you tube vocês podem conferir outros vídeos bem como a segunda parte desta entrevista.
Cortella se expressa muito bem e nos leva a ponderar sobre a importância da filosofia, a que serve na nossa vida, por quê o espanto é algo positivo?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Textos de interesse flosófico

No endereço abaixo você tem acesso à vários textos filosóficos, incluindo alguns classícos como:
Aristóteles: a Política, a Arte Poética e os Tópicos.
Descartes: Discurso do Método.
Erasmo de Rotterdam: Elogia da Loucura.
Espinosa: Tratado sobre a Correção do Intelecto.
Heidegger: ‘O que é Isto, a Filosofia?’ e ‘O que é Metafísica?’.
Hume: Ensaio acerca do Entendimento Humano,.
Kant: Crítica da Razão Prática.
Maquiavel: O Príncipe.
Pascal: Pensamentos.
Platão: Apologia de Sócrates, O Banquete, Críton, Fédon, Filebo, Górgias, Parmênides e Teeteto.
Rousseau: Do Contrato Social.
Thomas Morus: Utopia.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Obedientes e rebeldes

Obedientes e rebeldes

Os grupos animais às vezes mudam suas pautas de conduta, de acordo com as exigências da evolução biológica, cuja orientação tende a assegurar a conservação da espécie. As sociedades humanas se transformam historicamente, de acordo com critérios muito mais complexos, tão complexos... que não sabemos quais são. Algumas mudanças tentam assegurar determinados objetivos, outras consolidar certos valores, e muitas transformações parecem provir da descoberta de novas técnicas para fazer ou desfazer coisas. O único ponto indubitável é que em todas as sociedades humanas (e em cada membro individual dessas sociedades) há razões para a obediência e razões para a rebelião. Somos tão sociáveis quando obedecemos pelas razões que nos parecem válidas como quando desobedecemos e nos sublevamos por outras que consideramos de maior peso. Porque a política não é mais que o conjunto das razões para obedecer e das razões para se sublevar...
Obedecer, rebelar-se: não seria melhor que ninguém mandasse, para que não tivéssemos de procurar razões para obedecer nem de encontrar motivos para nos sublevar? Esta é mais ou menos a opinião dos anarquistas, gente pela qual reconheço ter bastante simpatia. Segundo o ideal anárquico, cada um deveria agir de acordo com sua consciência, sem reconhecer nenhum tipo de autoridade. São as autoridades, as leis, as instituições, a aceitação de que uns poucos guiem a maioria e decidam por todos, que provocam as infinitas dores de cabeça de que os humanos padecem: escravidão,
abusos, exploração, guerras...
(...) É possível uma sociedade anárquica, isto é, sem política? Os anarquistas
têm razão, por certo, pelo menos numa coisa: uma sociedade sem política seria uma sociedade sem conflitos. Mas é possível uma sociedade humana – não de insetos ou de robôs – sem conflitos? Será a política a causa dos conflitos ou sua conseqüência, uma tentativa de que não sejam tão destrutivos? Seremos capazes de viver concordes... automaticamente? Parece-me que o conflito, o choque de interesses entre os indivíduos, é algo inseparável da vida em companhia de outros. E quantos mais formos, mais conflitos poderão vir a se produzir. Sabe por quê? Por uma causa que em princípio parece paradoxal: porque somos sociáveis demais.
(...) De modo que vivemos em conflito, porque nossos desejos se parecem muito uns com os outros e por isso colidem uns contra os outros. Por excessiva sociabilidade também (por querermos ser todos muito semelhantes, por fidelidade excessiva aos da nossa terra, religião, língua, cor da pele etc.), que nos faz considerar inimigos os diferentes e proscrever ou perseguiros que diferem.
(...) No entanto, não acredite que o conflito de interesses, qualquer conflito ou confronto, seja ruim em si. Graças aos conflitos a sociedade inventa, se transforma, não pára. A unanimidade sem sobressaltos é muito tranqüila, mas revela-se tão letalmente soporífera quanto um encefalograma plano. A única forma de assegurar que cada um tenha personalidade própria, isto é, que sejamos verdadeiramente muitos e não um só feito por muitas células, é que de vez em quando nos confrontemos e rivalizemos com os outros. Talvez todos nós queiramos a mesma coisa, mas, ao nos enfrentarmos para consegui- lo ou ao focalizarmos o mesmo assunto de diferentes perspectivas, constatamos que não somos todos a mesma pessoa. Às vezes os que gostam de dar ordens dizem: “Vamos, todos como um só homem! De pé, todos como um só homem!” Belo disparate coletivista. Por que diabos temos de fazer todos alguma coisa como um só homem... se não somos um mas muitos? Façamos o que for, em harmonia ou discordância, é melhor fazê-lo como trezentos homens, ou como mil, ou como quantos formos, e não como um, já que não somos um.
(...) Repassando a história, tanto a mais antiga como a mais contemporânea, confesso-lhe que chego à conclusão de que essas objeções contrárias aos chefes e ao Estado têm bastante fundamento. Mas também acho evidente que esperar o milagre de que milhões de seres humanos consigam viver juntos de maneira automaticamente harmoniosa e pacífica, sem nenhum tipo de direção coletiva nem certa coação que limite a liberdade dos mais destrutivos ou dos mais imbecis (costumam ser os mesmos), não é coisa que pareça compatível com o que os humanos foram, são... nem com o que, pelo que tudo indica, poderão vir a ser. De modo que considero indispensáveis algumas ordens... ainda que não qualquer tipo de ordens; certos chefes... embora não qualquer tipo de chefes; algum governo... mas não qualquer governo. Voltamos assim – o que você quer que eu faça? – ao problema inicial, de que a política se ocupa: a quem devemos obedecer? Em que devemos obedecer? Até quando e por que temos de continuar obedecendo? E, claro, quando, por que e como será necessário rebelar-se?

Fernando Savater, Política para meu filho, São Paulo, Martins Fontes, 1996, p. 38-48